[...] É verdade: amamos
a vida não porque estejamos habituados à vida, mas estamos habituados a amar.
Há sempre algo de
loucura no amor, mas também há sempre algo de razão na loucura.
E eu, que estou de bem
com a vida, creio que aqueles que mais entendem de felicidade são as borboletas
e as bolhas de sabão e tudo o que entre os homens se lhes assemelhe.
Ver girar essas
pequenas almas leves, loucas, graciosas e que se movem é o que arranca de Zaratustra lágrimas e
canções.
Eu só poderia acreditar
num Deus que soubesse dançar.
E quando vi meu
demônio, pareceu-me sério, grave, profundo, solene.
Era o espírito da
gravidade. Ele é que faz cair todas as coisas.
Não é com ira, mas com
riso que se mata. Coragem! Vamos matar o espírito da gravidade!
Eu aprendi a andar.
Desde então, passei por mim mesmo a correr.
Eu aprendi a voar.
Desde então, não quero que me empurrem para mudar de lugar.
Agora sou leve, agora
voo, agora vejo por baixo de mim mesmo, agora um Deus dança em mim. [...]
(Nietzsche)
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