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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

AGORA!
























Não, já não sou hoje o menino que fui ontem,
Nem tampouco quero saber o que me reserva o amanhã...
Ou o que de mim ainda dorme no fim do horizonte.
O meu “agora” é tudo o que existe de mim porque a vida é vã.

PENSO, LOGO EXISTO”? Não! Existo, logo penso!
Na subjetividade do tempo, é este o meu refinamento.
E não é pouco o que há nos recônditos de mim, tão extensos.
Primeiro a minha existência, depois o meu pensamento.

Ah! Na madrugada morna me vi sobrevoando em desalento
Sobre fagulhas de reminiscências enterradas no ontem da infância.
Eu quis! Ah, como eu quis desenterrar dezenas desses momentos...
Mas voltei no agora de minha existência, não sem relutância.

Minha vida, mistério soprado do alto do que sou: é vento!
Meus desejos, segredos suspirados e lançados ao vácuo: é frequência!
Meus dias, momentos dispostos numa colagem: é pensamento!
O que se capta de mim é uma resposta oblíqua: é resistência!


Para C. Richárd

Poesia Existencialista.

Éd Brambilla. Poesia. AGORA, APENAS AGORA! 15/11/2015.

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