Não, já não sou hoje o menino que fui ontem,
Nem tampouco quero
saber o que me reserva o amanhã...
Ou o que de mim ainda
dorme no fim do horizonte.
O meu “agora” é tudo o
que existe de mim porque a vida é vã.
“PENSO, LOGO EXISTO”? Não! Existo,
logo penso!
Na subjetividade do
tempo, é este o meu refinamento.
E não é pouco o que há
nos recônditos de mim, tão extensos.
Primeiro a minha
existência, depois o meu pensamento.
Ah! Na madrugada morna
me vi sobrevoando em desalento
Sobre fagulhas de reminiscências
enterradas no ontem da infância.
Eu quis! Ah, como eu
quis desenterrar dezenas desses momentos...
Mas voltei no agora de
minha existência, não sem relutância.
Minha vida, mistério
soprado do alto do que sou: é vento!
Meus desejos, segredos
suspirados e lançados ao vácuo: é frequência!
Meus dias, momentos
dispostos numa colagem: é pensamento!
O que se capta de mim é
uma resposta oblíqua: é resistência!
Para C. Richárd
Poesia Existencialista.
Éd
Brambilla. Poesia. AGORA, APENAS AGORA! 15/11/2015.
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