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sexta-feira, 25 de abril de 2014

UM PASSEIO


Levei Lilica e Leleca, as "yorks", para um passeio. As duas desmaiaram na cama de tanto que andaram; fomos até o Shoopping Prado e voltamos. Na volta, uma moça daquelas que vê um cachorro e diz: "-Ai, que lindo!", parou para por a mão na "xuxinha" da Lilica. Eu alertei: "-Moça, ela é nervosa!". A moça ignorou: "-Ai, eu tenho uma assim. Ela é um amor!". Alertei novamente:"-Moça, mas a Lilica é uma york com alma de pitbull!". A moça, mesmo assim, pôs a mão. Resultado: uma mordida. A moça: "-Ai, filha da puta!". Eu (rindo para dentro): "-Isso eu não sei, moça! Só sei que ela é brava!". A moça: "-Menina mal criada!". Eu: "-Mas isso eu avisei!". A moça: "-Você disse que ela era nervosa!". Eu: "-É a mesma coisa, moça!". Ela deu de ombros e atravessou a rua. Eu dei de ombros e o resto do corpo e continuei a caminhada, torcendo para não encontrar mais nenhum transeunte com cara de gente feliz que adora por a mão em cachorros aparentemente inofensivos.

Éd Brambilla. Crônica. O Passeio. 2014.

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