Com uns dezoito ou dezenove anos, eu adorava ir aos puteiros do Jd. Itatinga, em Campinas, com uns caras mais velhos que frequentavam um bar onde eu trabalhava nessa época. E lá, nos bordéis, eu dava conselhos para as meninas; ouvia suas histórias; elas me davam chocolates, bolo, me chamavam de Bebê; e me contavam como faziam os caras (clientes) se acharem o máximo. Me deu saudade da Verusca (que me presentou com um álbum duplo de vinil da banda Scorpions, que tenho até hoje), da Cíntia Boca-de-Caçapa (que se achava incrível porque sabia falar meia dúzia de palavras em Inglês. Também tinha a Susaninha Algodão-Doce (que tinha longos cabelos encaracolados e cor-de-rosa). Que saudade! Tenho algumas correspondências delas guardadas em meu baú de recordações.
Éd Brambilla. CRÔNICA. As Meninas. 2014.
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