Tudo no mundo precisa de um norte
Alguém ou alguma coisa como forte
Eu, você ou quem mais tiver sorte
Até o meu Brasil tem o seu norte
E digo que eu tive foi muita sorte
De nascer numa terra de céu azul
Eu que com orgulho sou filho lá do sul
Porque tão grande é o meu país
Que precisou descer longe sua raiz
Já foi “terra do ouro” e da “moda de
Paris”
Agora diz que é “dono do próprio nariz”
Não sei se é fato ou um ledo engano
Mas anda por aqui dedo norte-americano
Atrás do que é nosso: o “pulmão do mundo”
Do Brasil, o seu respiro tão fecundo
Que ao seu povo vem causando insônia
Porque os “gringos” querem a nossa Amazônia
Que, temerosa, tem lutado contra a faca
Cobiçada, do Brasil já foi até cortada do
seu mapa
Estampado, mutilado, num livro de
geografia profano
Lá do sistema educacional norte-americano
Brasil, terra adorada, põe de lado tanta
parcimônia
Se não quiser voltar aos tempos de colônia
Eu que sou “brasuca”, patriota, estremeço
E no meu quadrado, em vigília, adormeço
E quando desperto, de susto me abano
Com medo de ter acordado “norte-americano”
Éd Brambilla. Poesia Histórica. BRASIL COBIÇADO.
30.05.2015.
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