O PRÍNCIPE (Nicolau Maquiavel)
Para
Maquiavel, a política é a arte de conquistar e manter o poder, que se
identifica com uma ordem que não deriva do respeito aos princípios éticos e
religiosos, mas apenas da capacidade de um indivíduo de mantê-lo - pelo amor ou
pelo medo. Muitas vezes, historicamente, o pensamento de Maquiavel foi mal
interpretado e ele sofreu muitas críticas. O próprio adjetivo
"maquiavélico", criado a partir de seu nome, significa
"astucioso", "traiçoeiro". Apesar da malsinação de seu nome,
pesquisas modernas ajudaram a interpretar Maquiavel de maneira mais razoável.
Assim, a má fama de "pressagiador implacável", que por muito tempo o
acompanhou, começou a desaparecer. Depois de mais de quatro séculos, a obra
continua interessante e alvo de discussões acirradas, pois trata de questões
eternas a respeito das relações de poder. Embora sua ética, como se apresenta,
seja a de seus contemporâneos, ainda assim não pode ser considerada
ultrapassada, uma vez que muitos continuam se apoiando mais nas forças
materiais do que morais. O livro inspirou a famosa expressão "os fins
justificam os meios", ao sugerir o que deve ser feito para se manter no
poder. Como na administração e na política não há caminhos inteiramente
seguros, a prudência consiste em escolher os menos perigosos. O Príncipe é muito mais do que uma
obra de interesse histórico: é uma verdade inquestionável que trata de
princípios que ainda norteiam as relações de países e governantes, podendo
ainda se estender ás relações existentes no mundo dos negócios.
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