Negra bonita
De alma incolor
Teu sangue é rubro
Teu coração puro amor
Negra bonita
Nos gestos e candura
Tua vida é batalha
Tua arma a bravura
Negra bonita
De mãos calejadas
Teu sonho é mistério
Tuas lágrimas imaculadas
Negra bonita
De amor a pulsar
De desejos esquecidos
E a dignidade a buscar
Negra bonita
De pouca lembrança
Que traz nos lábios
O sorriso de criança
Negra bonita
Negra singela
Negra querida
Negra donzela
À mulher negra (dos tempos de engenho).
BRAMBILLA; Éd. In: Poesia. NEGRA. 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário