E
na pequena Biblioteca Municipal de Belmonte/BA,
seduzido pela saudosa máquina de escrever, pedi autorização ao
bibliotecário para compor um poema em homenagem à cidade. Meia hora
depois, entreguei-o com solenidade. O poema ficará exposto numa
vitrine, junto às obras de poetas belmontenses.
As casas, todas elas congeladas no tempo.
A cidade, toda ela traçada de horizontes.
Eu, imbuído de História, entreguei-me ao momento.
Ah,
Belmonte de belezas risonhas!
Banhada dum lado por um negro mar;
E doutro Bahia a beijar Minas no Jequitinhonha.
Testemunha desse encontro, restou-me contemplar.
Banhada dum lado por um negro mar;
E doutro Bahia a beijar Minas no Jequitinhonha.
Testemunha desse encontro, restou-me contemplar.
Voltei
a minha terra em estado de bonança.
Levei na mala a cor e o cheiro de Belmonte;
E na memória tantas belas lembranças,
Que para este poema serviram-me como fonte.
Levei na mala a cor e o cheiro de Belmonte;
E na memória tantas belas lembranças,
Que para este poema serviram-me como fonte.
Não
disse "Adeus!", apenas "Até mais, bela cidade!"
Se
a mim cativastes, também eu deixei meu calor.
Tudo tornou-se uma delicada saudade.
Noutro tempo, quero eu renovar todo esse sabor.
Tudo tornou-se uma delicada saudade.
Noutro tempo, quero eu renovar todo esse sabor.
BRAMBILLA,
Éd. Poesia. "Ah, Belmonte!". 18.01.2018.
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