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domingo, 31 de janeiro de 2016

OS MARIMBONDOS MORIBUNDOS DE ZUMBI



Os marimbondos fizeram seus cachos no biombo
Que separava o território de Zumbi dos Palmares.
Cansados dos açoites da vara dos temidos capatazes,
Foram eles, moribundos, curar suas carcaças no Quilombo.

Os moribundos marimbondos, então, recuperaram a saúde.
Feridos em suas essências, juntaram-se à guerra de Zumbi,
Perseguido por Caetano de Melo e Castro, de forma amiúde.
Covarde, Melo recorreu a Domingos para a captura de Cazumbi.

Domingos, com seus seis mil homens armados até à gola,
Em 1694, não deu trégua e seguiu com sua pesada artilharia;
Capturou Antônio Soares, um traidor que se intitulava quilombola.
Soares, o falso guerreiro, entregou seu protetor por uma ninharia.

Domingos Jorge Velho deu fim a Zumbi numa fria emboscada.
Velhaco, o bandeirante dependurou a cabeça de Cazumbi num mastro,
Plantado numa praça do Recife, para servir de exemplo à gente escravizada.
Sem o HERÓI, em torno de 1710, o quilombo apagou de vez o seu rastro.


Éd Brambilla. Poesia Histórica.
“Os Marimbondos moribundos de Zumbi”.
31/01.2016.

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