MEU PAI
E quando me dei conta da tua contagem regressiva,
também eu senti a tua dor...
E o lamento grave da tua partida se fez em mim
como um turbilhão de medo e desalento...
Um sentimento embotado de resignação
por acreditar que ainda havia muito de "filho" para ser...
Foste pai o tempo todo...
E eu, terei sido filho o suficiente?!
Mas o tempo passou...
E a saudade agora é boa...
Foram-se os medos, e a dúvida se dissipou...
Fomos um para o outro o que nos foi permitido ser...
Nem mais, nem menos...
A beleza da vida só pode ser avaliada
na eminência da partida...
E a poesia da saudade só existe se houver a
esperança de um reencontro em algum lugar
onde somente o coração sabe vislumbrar...
E nós, pequenos mortais que somos,
só apreendemos a suplantar a dor da separação
quando temos fé...
Sem fé, somos folhas secas de outono...
Obrigado, PAI!
Éd Brambilla. POESIA. MEU PAI. 10/08/2014.

______ ALMa RaBiScAdA ______ Sou tudo o que a minha imaginação me permite ser; o que eu não posso vivenciar no concretismo oprimido pelas ideologias sociais, a minha essência busca as brechas na metafísica dos sonhos. (Éd Brambilla). ______ ALMa RaBiScAdA ______ ATENÇÃO: Todos os textos aqui publicados (de autoria de ÉD BRAMBILLA) estão devidamente registrados na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. CASO QUEIRAM PASSAR ADIANTE, NÃO ESQUEÇAM DOS DEVIDOS CRÉDITOS.
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