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sábado, 2 de dezembro de 2017

VERTIGEM

Ei, você, ouça, estou aqui!
Sincero, um pouco confuso
Nem misterioso nem profuso
Venho suave nas asas dum colibri.

Meu voo, tênue, corta o sol
Na pele, sinto a sua ardência
É leve como um ‘si bemol’
Quase uma nota de advertência.

O corpo, estranho, foge da mente
Assustado, busca uma compreensão
De que serve mergulhar na razão
Se o coração bate intermitente?

E rapidamente a razão vira mar
Fecho os olhos, a mente, o coração
Quanto mais sôfrego me ponho a nadar
O mar, capcioso, faz tudo virar canção.


Éd Brambilla. Poesia. VERTIGEM. 02/12/2017.



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