Minha
mãe estava com um problema: o pé esquerdo inchado e dolorido. SÓ O
ESQUERDO!
-Vem
cá, Dona Mercedes, vou dar um jeito nisso!
Algum
tempo depois...
-Prontinho, aparentemente está bem melhor. Ainda dói?
-Ai,
Divaldo, ficou uma beleza!
-Que
ótimo, mãe! Agora eu quero beber um café.
-Mas
e o outro pé?!
-Mas
não era só o esquerdo que estava ruim, mãe?!
-Era...
Só que agora o outro começou a doer, também. Que esquisito, né?!
Olhei
pra ela com cara de quem diz: “Hum, sei bem!" E ela olhando
pra mim com uma cara do tipo "safadinha nível máximo".
-Vamos
ao outro pé, então! (mãe pode tudo).
Mais
algum tempo depois...
-Pronto,
Dona Mercedes! Os dois pés ficaram ótimos agora!
-Era
bom fazê tudo, né? Mas já tá bom; senão
você vai chegá tarde na casa da Lúcia. (referindo-se a Luciana,
minha irmã).
-Concordo,
mãe! Você sempre está com a razão. Preciso mesmo ir.
E
a cara do tipo "safadinha nível máximo" lá... Só na
expectativa.
-A
senhora vai em casa, que lá eu tenho maca… Aí eu faço tudo, tá
bom?
Ela:
CARA DO TIPO "ME DEI BEM!"
Éd
Brambilla. Crônica. AH, DONA MERCEDES!. 27/11/2016.
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