Dona Mercedes, a minha essência de eterna criança que se encanta por
tudo o que resplandece vida só foi possível porque nasci do teu ventre
abençoado. É graças a tua alma a chama do sopro da vida que habita em mim; um
pedacinho de você que carrego com orgulho e aleluia no coração. Eu sempre me
emociono com suas pequenas e, ao mesmo tempo, imensas atitudes (minha paradoxal
mãe). É de você que herdei o que de melhor existe em minh'alma: a capacidade de
ver magia onde quase ninguém percebe; a inspiração para criar histórias (Ah,
mãe, se você fosse alfabetizada! Seria uma "Cecília Meireles"!) vem
da tua capacidade e imensa criatividade de contar "causos"; o meu
jeito de olhar o mundo com lentes coloridas é um reflexo das tuas lentes ainda
maiores e com cores ainda mais resplandecentes; a minha avidez por conhecimento
vem da tua força de mulher que "conhece" sem nunca ter lido um livro
sequer (minha paradoxal mãe). O meu amor por você é insondável e imensurável
(segredos de amor entre duas forças “almáticas”). Quanto mais estudo, mãe, mais
descubro o quanto sou pequeno perto de ti (e é exatamente esta descoberta
diária que aumenta ainda mais o meu amor, a minha admiração e o meu respeito
por você). Ainda vou estudar muito, Dona Mercedes, para que você aumente ainda mais
de tamanho (minha paradoxal mãe). Para finalizar este texto que não admite um
"FIM" (minha paradoxal mãe), apenas posso reafirmar o orgulho e
privilégio de poder olhar no teus olhar de ingênua bondade com tudo e todos e
dizer "MINHA MÃE!".
Amo você, Dona
Mercedes!
Seu "um"
entre os seus "dez" filhos.
Éd Brambilla. Carta. MINHA PARADOXAL MÃE.
10/04/2016.
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