Os porquês de minha (Éd) identificação com NIETZSCHE

"Nietzsche era dotado de um espírito irriquieto, perquiridor... De índole romântica, poeta por natureza, levado pela imaginação... Era o tipo de pessoa que vivia recurvada sobre si mesma... Emotivo e fascinado por tudo o que resplandecia vida, era ao mesmo tempo sedento por liberdade espiritual e intelectual; levado pelo instinto ao mundo irreal, ao mesmo tempo era apegado ao mundo concreto e material); religioso por natureza e formação (era formado em Teologia e Filologia Clássica), era ao mesmo tempo um demolidor de religiões, entusiasta defensor da beleza da vida, era também crítico feroz de toda fraqueza humana; conhecedor de si mesmo, era seu próprio algoz; seu espírito era campo aberto em que irromperam as mais variadas tendências, sob a influência de sua agitada consciência... Espírito insatisfeito, consciência eruptiva e crítica, vivia uma vida de lutas contra si mesmo, de choques com a humanidade, de paradoxos sem limites... Assim era FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE."

(Ciro Mioranza; tradutor; para a Editora La Fonte; 2012; ALSO SPRACH ZARATHUSTRA).

PS* "Não conseguindo levar a termo uma grande aspiração, a de casar-se com LOU ANDREAS SALOMÉ, entregou-se à solidão e ao sofrimento, isolando-se em sua casa, apenas nas companhias de sua mãe e de sua irmã... Teve crises de loucura em 1889 e passou os últimos anos de sua vida recluso, vindo a falecer, em Weimar, no dia 25/08/1900, prestes a completar 56 anos de vida (ele nasceu em Röcken Alemanha, em 15/10/1844)" (o tradutor).

"115 anos depois de sua morte, mesmo com todos os avanços na Psicanálise, Nietzsche ainda causa estranheza na maioria das pessoas... Ainda se faz incompreendido... E tal fato talvez se explica pela gama de questionamentos acerca de tudo que fez durante toda a sua vida, e que "bate de frente" com o que a maioria "aprendeu" a "entender", sem ao menos buscar uma compreensão mais justa para si mesma e dentro de si
mesma." (Éd Brambilla).