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sexta-feira, 3 de maio de 2013

O PRÍNCIPE (Nicolau Maquiavel)

Para Maquiavel, a política é a arte de conquistar e manter o poder, que se identifica com uma ordem que não deriva do respeito aos princípios éticos e religiosos, mas apenas da capacidade de um indivíduo de mantê-lo - pelo amor ou pelo medo. Muitas vezes, historicamente, o pensamento de Maquiavel foi mal interpretado e ele sofreu muitas críticas. O próprio adjetivo "maquiavélico", criado a partir de seu nome, significa "astucioso", "traiçoeiro". Apesar da malsinação de seu nome, pesquisas modernas ajudaram a interpretar Maquiavel de maneira mais razoável. Assim, a má fama de "pressagiador implacável", que por muito tempo o acompanhou, começou a desaparecer. Depois de mais de quatro séculos, a obra continua interessante e alvo de discussões acirradas, pois trata de questões eternas a respeito das relações de poder. Embora sua ética, como se apresenta, seja a de seus contemporâneos, ainda assim não pode ser considerada ultrapassada, uma vez que muitos continuam se apoiando  mais nas forças materiais do que morais. O livro inspirou a famosa expressão "os fins justificam os meios", ao sugerir o que deve ser feito para se manter no poder. Como na administração e na política não há caminhos inteiramente seguros, a prudência consiste  em escolher os menos perigosos. O Príncipe é muito mais do que uma obra de interesse histórico: é uma verdade inquestionável que trata de princípios que ainda norteiam as relações de países e governantes, podendo ainda se estender ás relações existentes no mundo dos negócios.

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