A CASA E O ACASO
A CASA E O ACASO
PARTE I
(O CHORO D'ALMA)
É uma casa estranha de FATO
Os objetos sempre no mesmo lugar
Congelados como em cena de RETRATO
O ar é todo impregnado com o cheiro do VAZIO
Feito solidão que rasga o peito
Em longas noites de FRIO
Não existem as cores que iluminam
É tudo cinza e sem SENTIDO
É tristeza que incomoda
Feito a estranheza de um ZUMBIDO
Não se sabe o que há de ERRADO
É um tal mistério de confraria
É feito vida sem futuro
É um presente sem PASSADO
Seja bem vindo à esta casa
Entre e fique à VONTADE
Sente-se e acomode-se
No peso de uma SAUDADE
Sinta a tranqüilidade
Não há motivo para o MEDO
Reflita sobre a vida
E desvende este SEGREDO
Não vá embora!
Ainda é muito CEDO
É esta uma casa de ninguém
Como um sonho vão
E uma vida de BRINQUEDO
PARTE II
(A ALMA RENASCE)
Se acaso resolver ficar
Te presenteio com um FATO
Te dou todas as respostas
Tudo dentro de um RETRATO
Preencho o teu VAZIO
E te acalento em meus braços
Por todas as noites
Em que te Vieres
Todo aquele FRIO
Ofereço-te um SENTIDO
Aceita este amor
Que te completa
Como abelha ao ZUMBIDO
Aceita sem pensar
Nada está ERRADO
Ama-me agora
Antes que o presente
Caia no PASSADO
Prometo matar toda a tua VONTADE
Te devolvo este amor,
Sem mentiras
E todo Livre da SAUDADE
Não pensa neste MEDO
Venha de mansinho
Escuta-me:
Te direi aos poucos
Todo o meu SEGREDO
Mas venha livre e depressa
Pois que depois
Da madrugada já é CEDO
E se perdermos esta oportunidade
Voltamos nós a uma
Vida de BRINQUEDO
BRAMBILLA; Éd. In: Poesia. A CASA E O ACASO. 20/02/2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário