ALMa RaBiScAdA

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A CASA E O ACASO




A CASA E O ACASO

PARTE I 
(O CHORO D'ALMA)

É uma casa estranha de FATO
Os objetos sempre no mesmo lugar
Congelados como em cena de RETRATO

O ar é todo impregnado com o cheiro do VAZIO
Feito solidão que rasga o peito
Em longas noites de FRIO

Não existem as cores que iluminam
É tudo cinza e sem SENTIDO
É tristeza que incomoda
Feito a estranheza de um ZUMBIDO

Não se sabe o que há de ERRADO
É um tal mistério de confraria
É feito vida sem futuro
É um presente sem PASSADO

Seja bem vindo à esta casa
Entre e fique à VONTADE
Sente-se e acomode-se
No peso de uma SAUDADE

Sinta a tranqüilidade
Não há motivo para o MEDO
Reflita sobre a vida
E desvende este SEGREDO

Não vá embora!
Ainda é muito CEDO
É esta uma casa de ninguém
Como um sonho vão
E uma vida de BRINQUEDO

PARTE II
(A ALMA RENASCE) 

Se acaso resolver ficar
Te presenteio com um FATO
Te dou todas as respostas
Tudo dentro de um RETRATO

Preencho o teu VAZIO
E te acalento em meus braços
Por todas as noites
Em que te Vieres
Todo aquele FRIO

Ofereço-te um SENTIDO
Aceita este amor
Que te completa
Como abelha ao ZUMBIDO

Aceita sem pensar
Nada está ERRADO
Ama-me agora
Antes que o presente
Caia no PASSADO

Prometo matar toda a tua VONTADE
Te devolvo este amor,
Sem mentiras
E todo Livre da SAUDADE

Não pensa neste MEDO
Venha de mansinho
Escuta-me:
Te direi aos poucos
Todo o meu SEGREDO

Mas venha livre e depressa
Pois que depois
Da madrugada já é CEDO
E se perdermos esta oportunidade
Voltamos nós a uma
Vida de BRINQUEDO

BRAMBILLA; Éd. In: Poesia. A CASA E O ACASO. 20/02/2011.

Nenhum comentário: